Uma análise das mudanças cíclicas no
espectro de luz emitidas pela Próxima Centauri levou astrônomos a especularem a
existência do exoplaneta
23.3.2020 |
REDAÇÃO GALILEU
(FOTO:
WIKIMEDIA COMMONS)
Cientistas do Instituto Nacional de Astrofísica dos Estados Unidos acreditam
ter rastreado uma "superTerra" ao lado da estrela mais próxima
do Sol, a Próxima Centauri. Uma análise das mudanças cíclicas
no espectro de luz emitido pelo astro, situado a 4,22 anos-luz da Terra, permitiu aos pesquisadores especularem a existência
do exoplaneta.
Mario Damasso, líder da pesquisa, e seus colegas
acreditam que o exoplaneta orbita a Proxima Centauri a cada 5,2 anos e pode ser
uma "superterra" — ou seja, é mais maciço que o nosso planeta, mas
muito menor que os gigantes do gelo do Sistema Solar, Urano e Netuno.
Se a análise dos especialistas for confirmada, esse
planeta poderá ajudar os astrônomos a compreender como astros de baixa massa
são formadas ao redor de estrelas também pouco maciças.
Além disso, a existência desse exoplaneta contradiz
os modelos atuais que explicam a formação de "superTerras".
Acredita-se que a maioria delas se forma a uma distância mínima da estrela, na
qual a água pode se transformar em gelo. Entretanto, a órbita desse explaneta
está situada muito além desse ponto ideal.
Um fato que corrobora para a teoria dos astrônomos
é que, em um estudo anterior da Proxima Centauri, cientistas também detectaram
uma fonte desconhecida de sinais no espectro de luz da estrela que poderia
pertencer a um segundo planeta.
Entretanto, os pesquisadores ponderam que essas
variações podem ser resultado de uma galáxia vizinha ou um fenômeno não relacionado
à Proxima Centauri, e por isso mais estudos são necessários.
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